Prontuário digital do colaborador: guia completo para RH eficiente

Transformação Digital
31/10/2025
Prontuário digital do colaborador: guia completo para RH eficiente

Organizar o prontuário digital do colaborador é uma das melhores decisões para um RH moderno e eficiente. Mas o que exatamente isso significa? Em termos simples, o prontuário digital do colaborador é a versão online e segura do dossiê funcional de cada funcionário, reunindo todos os documentos e informações da vida profissional dele, do momento da admissão até o desligamento. 

Neste conteúdo completo, você vai entender o que é o prontuário digital, quais documentos o compõem, como mantê-lo em conformidade com a LGPD, e como implementá-lo integrando com outros sistemas de RH.

Além de esclarecer conceitos, vamos mostrar um passo a passo de implantação, benefícios como segurança e produtividade. Tudo em uma linguagem acessível para profissionais de Recursos Humanos e Departamento Pessoal que buscam padronização documental, eficiência operacional e conformidade legal. Prepare-se para transformar a gestão de documentos do seu RH e tornar seus processos mais ágeis e seguros, e, de quebra, gerar uma experiência superior para seus colaboradores. Vamos lá!

O que é o prontuário digital do colaborador?

Prontuário digital do colaborador é a versão eletrônica do conjunto de documentos e informações que registram toda a trajetória do funcionário na empresa. Em outras palavras, corresponde ao prontuário funcional ou dossiê do funcionário mantido pelo RH, só que armazenado e gerenciado em formato digital, em vez de pastas físicas. Esse prontuário inclui dados pessoais, documentos admissionais, contratos, registros de desempenho, atestados médicos, entre outros (ver seção a seguir).

No ambiente digital, todos esses documentos ficam centralizados em um repositório seguro, geralmente dentro de um sistema de Gestão Eletrônica de Documentos (GED) ou plataforma de RH integrada. Assim, informações importantes sobre o colaborador podem ser acessadas com poucos cliques, de qualquer lugar, por quem tiver permissão.

É importante notar que o prontuário digital não se resume a simplesmente escanear documentos. Ele envolve toda uma gestão estruturada, com indexação por tipo de documento, controle de versões e acesso, e rastreabilidade das ações realizadas. Ou seja, vai além de ter arquivos em PDF, trata-se de implementar um processo digital de ponta a ponta, desde a coleta de documentos na admissão até o arquivamento pós-desligamento, tudo de acordo com normas legais (como o Decreto 10.278/2020, que garante validade jurídica a documentos digitalizados) e melhores práticas de segurança da informação.

Em resumo, o prontuário digital do colaborador é o coração documental do RH digital. Ele permite consolidar todas as informações e documentos do colaborador em um único lugar, 100% digital e protegido. Assim, o RH ganha agilidade, redução de custos com papel, mais segurança e facilidade para cumprir obrigações trabalhistas e de privacidade. Nos próximos tópicos, vamos detalhar quais documentos fazem parte desse prontuário e como fazer sua gestão de forma eficiente e em conformidade com a lei.

Quais documentos compõem o prontuário do colaborador?

Uma dúvida comum é quais documentos devem estar no prontuário do colaborador. Basicamente, tudo o que for relevante para registrar a relação trabalhista e a vida funcional do empregado deve ser guardado. Abaixo, listamos as principais categorias de documentos que compõem um prontuário funcional (dossiê do funcionário) e alguns exemplos de cada:


Como vemos, o prontuário cobre toda a jornada do colaborador na empresa, desde documentos pessoais e de contratação, passando pelos registros durante o vínculo, até os documentos gerados no desligamento. Manter tudo isso organizado é essencial tanto para facilitar a gestão de pessoas quanto para atender exigências legais e auditorias trabalhistas.

Vale destacar que alguns documentos têm prazos legais de retenção. Por exemplo, comprovantes de pagamento e registros de salário costumam ser guardados por no mínimo 5 anos, conforme a legislação fiscal e trabalhista brasileira. Já documentos relativos à saúde e segurança do trabalho (como laudos de insalubridade, PPP etc.) podem precisar ser mantidos por até 20 ou 30 anos, devido a possíveis ações trabalhistas futuras ou requisitos previdenciários.

Com um sistema digital adequado, fica muito mais fácil respeitar esses prazos e organizar os documentos por categoria e período. Em vez de pastas físicas abarrotadas ou planilhas manuais, o prontuário digital permite indexar cada documento pelo tipo e data, configurar alertas de vencimento (por exemplo, validade de exame médico periódico) e até aplicar políticas de retenção automática, arquivando ou descartando documentos conforme os prazos legais expirarem.

Requisitos da LGPD para prontuários de colaboradores

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe uma preocupação extra na gestão de prontuários de funcionários: o cuidado com os dados pessoais e sensíveis contidos nesses documentos. Profissionais de RH lidam diretamente com informações pessoais (RG, CPF, endereço, dados de saúde, dados biométricos como digital ou foto, etc.), que devem ser tratadas conforme os princípios da LGPD, como finalidade, necessidade, transparência e segurança.

Então, o prontuário digital do colaborador precisa atender a requisitos importantes da LGPD:

Consentimento e Bases Legais

No contexto trabalhista, muitos dados do colaborador são coletados por obrigação legal ou execução do contrato de trabalho (base legal de cumprimento de obrigação legal ou contrato). Ainda assim, é recomendável informar claramente ao funcionário quais dados serão coletados, por que e por quanto tempo serão armazenados. Em alguns casos, pode-se colher consentimento específico (por exemplo, uso de imagem do colaborador, dados para benefícios voluntários etc.), mas, em geral o contrato de trabalho e leis trabalhistas já justificam a manutenção de grande parte dos dados.

Acesso Restrito e Controle de Permissões

Somente pessoas autorizadas devem ter acesso aos documentos do prontuário. Por exemplo, profissionais do RH, gestores diretos (ao nível adequado) ou áreas legais, conforme a necessidade. Dados sensíveis, como informações médicas ou resultados de exames, devem ter acesso ainda mais limitado (muitas vezes só o Médico do Trabalho ou um setor de medicina ocupacional). Um bom sistema de prontuário digital permite configurar uma matriz de permissões, controlando quem pode ver ou editar cada tipo de documento. Isso evita acessos indevidos e protege a privacidade do colaborador.

Segurança da Informação

Os prontuários digitais devem estar armazenados com proteção contra vazamentos, acesso não autorizado, perda ou destruição. Isso inclui usar criptografia nos arquivos, tanto no armazenamento quanto na transmissão, autenticação de usuários robusta (login e, idealmente, MFA, autenticação multifator), e backups regulares. Plataformas especializadas, como as oferecidas pela eBox, já contam com armazenamento criptografado e protocolos de segurança certificados (por exemplo, conformidade com ISO 27001 e 27701, específicas de segurança da informação e privacidade).

Auditabilidade e Transparência

A LGPD exige que haja prestação de contas (accountability) no tratamento de dados. Portanto, é fundamental conseguir rastrear “quem acessou o quê e quando” no prontuário digital. Ferramentas modernas oferecem trilhas de auditoria completas, registrando todas as ações (visualizações, uploads, downloads, edições, exclusões) nos documentos do colaborador. Isso não só ajuda em eventuais necessidades de demonstrar conformidade, mas também inibe uso indevido interno, já que toda ação deixa rastro.

Política de Retenção e Eliminação

Conforme citado, a legislação trabalhista define prazos mínimos de guarda de documentos. A LGPD acrescenta que os dados pessoais devem ser eliminados quando atingida a finalidade ou fim do período legal. Logo, o RH deve ter uma política de retenção: por exemplo, dados de candidatos não contratados podem ser apagados após X meses; documentos de ex-colaboradores podem ser excluídos após cumpridos os prazos legais (salvo casos em que haja processos judiciais pendentes, por exemplo). Um prontuário digital bem gerido permite classificar e até automatizar a exclusão segura de dados que não precisam mais ser mantidos.

Consentimento para Compartilhamento

Se a empresa compartilha dados do colaborador com terceiros (ex.: fornecedora de benefícios, contabilidade externa, plataforma de folha de pagamento na nuvem, etc.), deve haver contratos de tratamento de dados com esses operadores, e transparência junto ao colaborador. Sempre que o RH enviar informações pessoais a parceiros, é preciso garantir que esses atendam a padrões de segurança e privacidade compatíveis.

Em suma, a LGPD não impede o RH de manter um prontuário do funcionário, mas obriga a reforçar a segurança, limitar acessos e ser transparente quanto ao uso das informações. Felizmente, com um bom sistema digital, cumprir esses requisitos fica muito mais fácil do que no mundo do papel. A seguir, veremos o fluxo completo do prontuário digital ao longo da jornada do colaborador, e como a tecnologia integra tudo isso.

Fluxo do prontuário digital: do onboarding ao desligamento

Implementar um prontuário digital significa cuidar de toda a trajetória documental do colaborador de forma online. Vamos entender como funciona o fluxo desse prontuário ao longo das fases de onboarding (integração), vida do funcionário na empresa e desligamento.

Onboarding (Admissão Digital

No momento da contratação, o RH já pode conduzir uma admissão 100% digital. Isso inclui enviar ao candidato os formulários e contratos para preenchimento e assinatura eletrônica, e permitir que ele mesmo faça o upload de documentos pessoais via celular ou computador. 

Ferramentas especializadas, como a solução de Admissão Digital da eBox, automatizam etapas críticas desse processo, desde a coleta de documentos com validação automática até a integração com sistemas como folha de pagamento e eSocial. Por exemplo, assim que o colaborador preenche seus dados e envia os documentos exigidos (RG, CTPS digital, certidões, fotos etc.), tudo já é armazenado no prontuário digital dele organizadamente. 

Assinaturas eletrônicas com validade jurídica são usadas em contratos e termos, eliminando papéis físicos. Nesse início, o prontuário digital garante agilidade (reduz atrasos de entregar papelada), elimina riscos de extravio de documentos e já começa conforme a LGPD, pois os dados estão protegidos em ambiente seguro. O resultado é um processo de onboarding mais fluido e uma imagem moderna da empresa para o novo colaborador, reforçando o employer branding logo de cara.

Durante a vida do colaborador na empresa

Após a admissão, o prontuário digital continua crescendo e acompanhando a trajetória do funcionário. A cada novo evento ou documento, seja uma mudança de cargo, o registro de férias, um atestado médico apresentado, avaliação de desempenho semestral, certificados de treinamentos ou mesmo uma advertência disciplinar, tudo deve ser incorporado ao prontuário digital do colaborador. 

Com uma plataforma integrada, muitas dessas informações já são geradas e armazenadas automaticamente. Por exemplo, se o RH utiliza um sistema de gestão de desempenho, as avaliações podem ser exportadas diretamente para o dossiê do funcionário; se há um módulo de gestão de ponto, ocorrências de jornada (ex.: banco de horas, horas extras) podem gerar documentos ou relatórios que também são guardados. Integrações via API conectam diferentes ferramentas de RH ao prontuário digital, falaremos mais sobre integrações adiante. 

Durante o vínculo, o RH também pode estabelecer checklists documentais periódicos (por exemplo, todo ano exigir atualização de endereço, ou renovar certidão de dependentes para imposto de renda). O sistema digital pode acionar lembretes e facilitar o recolhimento dessas atualizações do colaborador, mantendo o prontuário sempre atualizado. Tudo isso em tempo real e sem papel, permitindo que gestores autorizados acessem informações atualizadas sempre que precisarem, com poucos cliques.

Desligamento e pós-desligamento

Na fase de offboarding, o prontuário digital também traz grandes vantagens. O RH pode preparar os documentos de desligamento (termos de rescisão, cálculos de verbas, formulários de homologação) de forma eletrônica, coletar assinaturas digitais do colaborador e da empresa, e armazenar tudo no prontuário do agora ex-colaborador. Esse prontuário pode ser então arquivado seguramente, permanecendo acessível para consultas futuras ou eventuais auditorias trabalhistas. 

Com a digitalização, cumprir obrigações pós-desligamento, como fornecer documentos para saque de FGTS/seguro-desemprego ou preparar defesas em reclamatórias trabalhistas, torna-se mais simples, pois todos os registros da passagem do funcionário estão facilmente localizáveis. Importante: apesar do funcionário sair, a empresa deve reter o prontuário por alguns anos (geralmente pelo menos 5 anos após a rescisão, ou mais, dependendo do documento). 

O sistema digital pode marcar o colaborador como inativo, mas manter seus dados armazenados até que os prazos legais sejam cumpridos, e então, se desejado, eliminar ou anonimizá-los para atender à LGPD. Durante esse período, as trilhas de auditoria continuam valiosas: é possível provar exatamente quais documentos a empresa possuía e que foram devidamente entregues no desligamento, caso haja questionamentos futuros.

Perceba que, em todas as etapas, o prontuário digital atua como um fio condutor, integrando processos de recrutamento, admissão, gestão de desempenho, folha de pagamento, saúde ocupacional e desligamento. Ele assegura que nenhuma informação se perca na transição entre essas fases e departamentos, tudo desemboca no dossiê eletrônico unificado do colaborador. Isso aumenta a confiabilidade dos dados de RH e libera os profissionais do setor para atividades mais estratégicas, já que tarefas burocráticas (como buscar documentos em pastas ou conferir se algo foi assinado) praticamente desaparecem no ambiente digital.

Integrações com folha, ponto, ATS e GED

Para liberar todo o potencial de um prontuário digital do colaborador, é fundamental que ele se integre bem com os demais sistemas de RH da empresa. A integração evita retrabalho, garante que os dados estejam sempre atualizados em todas as plataformas e proporciona uma visão unificada do funcionário. Vejamos as integrações mais importantes:

Folha de Pagamento

Integrar o prontuário digital com o sistema de folha significa que, assim que um colaborador é admitido e seus dados são inseridos no prontuário, eles já migram automaticamente para a folha de pagamento (nome, CPF, cargo, salário, dados bancários etc.). Da mesma forma, documentos gerados pela folha, como holerites, informes de rendimento, recibos de férias ou 13º, podem ser enviados diretamente ao prontuário do colaborador, sem necessidade de impressão. Essa integração elimina a digitação dupla de informações e reduz erros. Além disso, garante consistência: se um funcionário é promovido e seu salário altera, o documento de alteração contratual no prontuário e o registro na folha estarão sincronizados. Plataformas modernas de prontuário digital (como a Dochr, da eBox) já vêm com integração nativa à folha de pagamento e outros sistemas legados, ou possibilitam tal conexão via APIs.

Ponto Eletrônico (Controle de Frequência)

Empresas que utilizam controle de ponto eletrônico ou sistemas de jornada também podem integrar esses dados ao prontuário digital. Por exemplo, atestados de horas extras aprovadas, relatórios de banco de horas ou justificativas de falta podem ser automaticamente anexados ao dossiê do colaborador. Em caso de disputas trabalhistas ou verificação interna, ter os relatórios de ponto já arquivados junto ao prontuário agiliza a obtenção de evidências. Além disso, a integração com ponto possibilita alertas automatizados: imagine que o sistema de ponto identifica a necessidade de um exame médico periódico (ex: um ano desde o último ASO), uma plataforma integrada de RH poderia gerar automaticamente uma tarefa no prontuário para providenciar esse exame, demonstrando como as áreas Trabalhista/DP e SSO (saúde e segurança ocupacional) podem trabalhar juntas num ambiente digital.

ATS (Recruitment) / Sistema de Recrutamento e Seleção

A integração com ferramentas de recrutamento (ATS, Applicant Tracking System) fecha o ciclo completo. Quando um candidato avança no processo seletivo e é aprovado para contratação, os dados já fornecidos no recrutamento podem ser importados para o sistema de admissão digital, evitando pedir tudo de novo ao futuro colaborador. Currículos, resultados de testes e entrevistas podem ser vinculados ao prontuário, enriquecendo o histórico do profissional desde o início. Além disso, o ATS integrado ao prontuário garante que informações sensíveis de candidatos não aproveitados também sejam tratadas corretamente, por exemplo, podendo eliminar dados de candidatos não contratados após um período, para ficar em conformidade com a LGPD e não acumular dados desnecessários.

GED e ECM (Gestão Eletrônica de Documentos)

O prontuário digital do colaborador pode ser visto como um caso específico de GED voltado para RH. Porém, muitas empresas possuem um Sistema GED corporativo abrangente ou até soluções de ECM (Enterprise Content Management) que centralizam documentos de várias áreas. Nesse contexto, é importante que o prontuário de RH se integre ou faça parte do GED geral. Isso permite aplicar políticas corporativas de documentação de forma uniforme. Por exemplo, o Sistema GED da eBox pode abrigar não só os prontuários de colaboradores, mas também outros documentos empresariais, mantendo tudo organizado com as mesmas ferramentas de busca e segurança. A integração também facilita quando documentos de outras áreas precisam ser associados ao colaborador, como um documento jurídico relacionado a um empregado, ou arquivos do departamento médico. Com um GED unificado, o RH pode dar acesso controlado a outros departamentos para inserir ou consultar documentos pertinentes no prontuário, sem perder o controle.

Em todos os casos acima, o objetivo é quebrar os silos de informação do RH. Quando folha, ponto, treinamento, recrutamento e GED conversam entre si, o prontuário digital se torna uma fonte central de verdade sobre o colaborador. Isso reflete diretamente em produtividade: nada de procurar informações em cinco sistemas diferentes, com integrações bem feitas, o RH consulta o prontuário digital e dali já acessa todos os dados relevantes (ou encontra links diretos para detalhes, se necessário).

A interoperabilidade é uma característica-chave de um RH digital moderno. Portanto, ao escolher ou implantar uma solução de prontuário digital, certifique-se de que ela ofereça APIs e conectores para os principais softwares de RH do mercado, ou que seu fornecedor tenha experiência em integrar com as ferramentas que você já usa. Esse investimento em integração paga-se rapidamente, pois reduz drasticamente o retrabalho manual e as inconsistências de dados.

Vantagens da digitalização e centralização de documentos

Adotar o prontuário digital do colaborador traz diversos benefícios concretos para a empresa, para o time de RH e até para os próprios colaboradores. Abaixo, destacamos as principais vantagens de digitalizar e centralizar os documentos funcionais:

Eficiência Operacional e Agilidade

Com tudo digital e centralizado, o tempo gasto procurando documentos ou arquivos despenca. Estudos indicam que profissionais gastavam 35% a 50% do tempo procurando informações em papel, algo que praticamente deixa de existir quando se pode localizar arquivos por busca de palavra-chave ou filtros em segundos. Processos como admissão, mudanças contratuais e auditorias internas tornam-se muito mais rápidos, liberando o RH para tarefas estratégicas. A automação de etapas (checklists automáticos, notificações de vencimento, geração de relatórios) também contribui para um RH mais produtivo e menos burocrático.

Redução de Custos

A economia com papel, impressões, transporte e armazenamento físico de documentos é significativa. Menos espaço para arquivo morto, menos gastos com correios ou motoboys para enviar documentos entre filiais, menos necessidade de copiadoras e toners. Além disso, erros custosos (como multas por documento extraviado ou informação incorreta) são evitados. Um prontuário digital bem implementado reduz custos operacionais e de logística do departamento, ao mesmo tempo em que evita gastos trabalhistas decorrentes de documentação falha.

Segurança e Compliance

Manter documentos trabalhistas em papel traz riscos de perda, danos (incêndio, enchente), acesso não autorizado e até alterações indevidas. No meio digital, com backup e controle de acesso, os documentos ficam muito mais seguros. Sistemas profissionais oferecem rastreabilidade completa e asseguram conformidade não só com a LGPD, mas também com normas como a ISO 27001 e requisitos do governo (ex: o já citado Decreto 10.278/2020, que determina padrões de digitalização). Isso se traduz em preparo para auditorias e fiscalizações: se o Ministério do Trabalho ou um auditor pedir documentos de 10 funcionários, o RH os reúne em minutos com confiabilidade de que estão íntegros e atualizados. A empresa fica menos exposta a multas ou processos por falhas em documentação.

Melhoria na Experiência do Colaborador

Um processo 100% digital passa profissionalismo e organização. Desde a admissão digital (em que o novo funcionário percebe eficiência já no seu primeiro contato) até solicitações durante o vínculo (por exemplo, o colaborador pedir uma cópia do holerite antigo e o RH enviar em segundos por e-mail), tudo flui melhor. O colaborador ganha autonomia em alguns casos, como preencher seus dados online, ou atualizar um documento vencido pelo portal, e sente confiança de que seus dados estão bem cuidados. Isso impacta o engajamento e satisfação do funcionário, além de fortalecer a imagem de um RH inovador dentro da empresa.

Padronização e Governança Documental

Com modelos e checklists digitais, o RH garante que todos os prontuários sigam o mesmo padrão. Por exemplo, ao cadastrar um novo colaborador, o sistema já sugere quais documentos anexar conforme o tipo de cargo (efetivo CLT, estagiário, jovem aprendiz, PJ etc.), evitando esquecimentos. É possível padronizar os documentos exigidos por tipo de vaga, fortalecendo a governança corporativa. Versionamento automático assegura que a versão mais recente de cada documento esteja no prontuário, mas mantendo histórico (por exemplo, contrato original e aditivo ficam ligados). Essa padronização facilita também a gestão em empresas com múltiplas unidades ou regionais: todos seguem o mesmo procedimento digital, independente da localidade.

Acessibilidade e Colaboração Multidepartamental

Um prontuário digital central pode ser acessado (dentro das permissões definidas) por diferentes áreas conforme necessário. O departamento Jurídico, por exemplo, pode consultar documentos específicos em caso de uma ação trabalhista sem precisar solicitar ao RH e esperar cópias. A área de Segurança do Trabalho pode adicionar laudos ou verificar se um atestado de saúde ocupacional está válido. Essa colaboração em torno de um repositório comum melhora a comunicação interna e acaba com aquelas trocas intermináveis de e-mail enviando anexos de documentos, todos trabalham sobre os mesmos arquivos centralizados (muitas vezes com integração ao Active Directory/SSO para login único). E como o acesso pode ser remoto, um gestor em viagem pode aprovar um documento ou verificar uma informação de um subordinado acessando o prontuário via web, por exemplo.

Escalabilidade e Persistência

Arquivos físicos têm limitações claras de espaço e logística. Já um sistema digital escalável permite que a empresa cresça em número de funcionários sem se afogar em papel. Novos documentos são adicionados facilmente sem alterar a estrutura. Além disso, a persistência histórica é melhor: um funcionário que sai e retorna anos depois pode ter seu prontuário reativado e atualizado sem perda de informações (desde que os dados sejam mantidos conforme a política). O repositório digital pode durar pela vida toda da empresa, enquanto papéis se deterioram ou se perdem com o tempo.

Em resumo, as vantagens vão desde ganhos imediatos de produtividade e economia, até melhorias de compliance e estratégia de longo prazo. Não é à toa que empresas que adotam soluções robustas de prontuário eletrônico projetam aumentos significativos na conquista de novos clientes e eficiência interna, como foi o caso da eBox ao lançar sua plataforma, esperando um crescimento de 150% em novos clientes devido à oferta de uma gestão de prontuários 100% digital e segura. Um RH digital e livre de papéis é, cada vez mais, um diferencial competitivo e uma marca de inovação.

Checklist de implantação do prontuário digital

Interessado em implementar o prontuário digital do colaborador na sua empresa? Elaboramos um checklist de implantação para orientar esse processo de forma organizada e eficaz. Seguir esses passos vai ajudar seu projeto a cobrir todas as frentes, tecnológica, legal e de gestão de mudança. Vamos ao passo a passo:

Mapeie os documentos e processos atuais

Faça um levantamento completo de quais documentos vocês mantêm hoje no prontuário físico e como eles são gerados e armazenados. Identifique também requisitos legais específicos do seu setor (por ex., empresas de saúde podem ter documentos extras, indústrias têm laudos ambientais, etc.). Essa fotografia inicial ajudará a definir o escopo do projeto.

Defina responsáveis e envolva TI e Jurídico

A implantação do prontuário digital deve ser liderada pelo RH, mas com apoio fundamental da TI (para avaliar sistemas, integrações e segurança) e do Jurídico/Compliance (para garantir aderência às normas, LGPD, etc.). Monte um time de projeto envolvendo essas áreas. Se possível, inclua alguém de DP (Departamento Pessoal) que conheça bem os detalhes burocráticos.

Escolha a solução tecnológica adequada

Pesquise sistemas de prontuário digital ou GED de RH que atendam às suas necessidades. Considere fatores como: hospedagem em nuvem ou local, facilidade de uso, funcionalidades de assinatura eletrônica, controle de acesso, trilha de auditoria, integrações disponíveis e suporte do fornecedor. Por exemplo, a plataforma Dochr da eBox é especializada em prontuários de colaboradores e pode ser uma ótima escolha por já trazer automação de admissão, compliance LGPD e integração nativa com outros sistemas. Independentemente da escolha, opte por um fornecedor confiável e com experiência em projetos de transformação digital no RH.

Digitalize os arquivos físicos legados

Planeje a digitalização dos prontuários existentes. Isso pode ser feito internamente ou contratando um serviço especializado de guarda de documentos e digitalização, como o da eBox. Estabeleça critérios: quais caixas/pastas serão digitalizadas primeiro (recomenda-se começar pelos funcionários ativos e depois os desligados). Use scanners de boa qualidade e siga padrões de resolução e certificação digital (conforme Decreto 10.278/2020) para que os documentos tenham validade jurídica após digitalizados. Lembre-se de indexar cada documento adequadamente no sistema durante ou após a digitalização (associando ao colaborador certo e tipo documental correspondente).

Configure a estrutura e os perfis no sistema

Uma vez com o software escolhido e os primeiros documentos inseridos, ajuste a estrutura do prontuário no sistema. Crie as categorias ou seções conforme os tipos de documentos (admissão, contrato, saúde, desempenho, etc.) de forma padronizada. Cadastre os usuários e perfis de acesso: por exemplo, perfil “RH Adm” com acesso total, perfil “Gestor” com acesso apenas a documentos não confidenciais de sua equipe, perfil “Diretoria” com acesso de consulta global, etc. Estabeleça as regras de permissão já pensando na LGPD e princípio do acesso mínimo.

Implemente integrações (API / conectores)

Durante a implantação, trabalhe nas integrações com seus sistemas de RH existentes. Conecte o prontuário com a folha de pagamento, para que informações sejam intercambiadas automaticamente. Configure integração com sistemas de ponto, ATS de recrutamento e outros que forem prioridade. Se a solução escolhida não tiver conectores prontos para algum sistema legado, veja com o fornecedor a possibilidade de desenvolvimento via API ou outras soluções (às vezes, exportações/importações em lote já resolvem no início). Esse esforço de integração é crucial para garantir que, no dia a dia, o prontuário digital funcione sem exigir entradas manuais duplicadas.

Treine a equipe e pilote o processo

Ofereça treinamento ao time de RH/DP que vai usar a ferramenta. Utilize exemplos práticos, como cadastrar um novo funcionário, ou localizar documentos, para deixá-los confortáveis. Em seguida, rode um projeto-piloto: por exemplo, faça a admissão digital de um pequeno grupo de novos colaboradores usando o sistema, ou migre os prontuários de um departamento específico e utilize apenas o meio digital por um mês. Esse piloto permite ajustar configurações, documentação e sanar dúvidas antes de escalar para toda a empresa.

Comunique e envolva os colaboradores

Informe aos funcionários sobre a novidade, destacando os benefícios para eles (menos burocracia, mais segurança dos dados, solicitações atendidas mais rápido etc.). Explique como será o processo de assinatura eletrônica, como eles poderão enviar documentos digitalizados (por exemplo, foto do RG) e que seus dados estarão protegidos. Eduque-os também sobre a importância de manter os dados atualizados e colaborar com o envio digital de informações quando solicitado pelo RH.

Faça o go live e monitoramento

Após ajustes do piloto, implante o prontuário digital em toda a organização. A partir desse ponto, pare de criar prontuários em papel, padronize que toda nova documentação será digital. Mantenha um período de atenção extra nas primeiras semanas, com o time de projeto disponível para tirar dúvidas de usuários e resolver eventuais problemas. Monitore métricas como tempo de atendimento de solicitações de documentos, número de acessos, etc., para avaliar os ganhos.

Estabeleça manutenção contínua e melhoria

A transformação digital não termina no go live. Defina responsáveis pela manutenção do sistema (atualizações, gestão de usuários) e pela qualidade do conteúdo (por exemplo, garantir que documentos críticos estejam sendo inseridos corretamente, realizar auditorias internas periódicas nos prontuários). Colha feedback dos usuários do sistema e promova melhorias contínuas, seja otimização de fluxos, criação de novos relatórios ou integrações adicionais. Mantenha-se informado sobre atualizações legais (trabalhistas e de proteção de dados) para refletir rapidamente no processo se necessário.

Seguindo esse checklist, sua empresa terá um caminho claro para sair do papel e alcançar um RH digital. É um esforço que envolve tecnologia e mudança cultural, mas os resultados em produtividade e conformidade compensam. Lembre-se de contar com parceiros experientes quando preciso, a jornada fica mais simples com quem já implementou projetos semelhantes. Em caso de dúvidas, a eBox Digital oferece consultoria e apoio especializado em gestão documental e transformação digital do RH, podendo ajudar em todas as etapas, da digitalização inicial à configuração avançada do sistema.

Matriz de permissões e auditoria no prontuário digital

Um dos pilares de um prontuário digital eficaz é a possibilidade de criar uma matriz de permissões detalhada, aliada a mecanismos de auditoria robustos. Essa dupla garante que somente as pessoas certas acessem determinados documentos e que todas as ações fiquem registradas para eventuais revisões. Vamos entender melhor como isso funciona na prática:

Matriz de Permissões: Diferentes tipos de documento do prontuário podem (e devem) ter diferentes níveis de acesso. No papel isso era difícil de controlar, ou você entregava a pasta inteira para alguém, ou nada, mas no digital é totalmente configurável. Por exemplo:

  • Documentos pessoais e contratuais: podem ficar acessíveis para o RH completo e para gestores de alto nível. Já um gestor imediato do funcionário talvez possa ver o contrato de seu subordinado, mas não documentos pessoais detalhados. É possível configurar isso.

  • Documentos médicos e laudos: devido ao sigilo médico, esses poderiam ficar visíveis apenas para o Médico do Trabalho e talvez um coordenador de RH responsável por saúde ocupacional. Outros usuários veriam apenas que “existe um documento médico” mas sem permissão de abri-lo.

  • Avaliações de desempenho confidenciais: imagine que diretoria faz anotações confidenciais sobre sucessão ou planos de carreira de um executivo, isso poderia ser marcado como de acesso exclusivo da Diretoria e RH Business Partner responsável.

  • Registros financeiros (holerites): poderiam ser acessíveis ao próprio colaborador (num portal de funcionário, se houver) e RH, mas não aos gestores (não é adequado chefias verem detalhes salariais de outros departamentos, por exemplo).

  • Permissão por localização ou unidade: em empresas grandes, pode-se segmentar que RHs regionais só enxerguem prontuários de colaboradores da sua localidade, enquanto o RH corporativo tem visão global.

Esses são somente exemplos. O importante é que o sistema permita criar grupos/perfis e associar direitos por tipo de documento ou até campo de informação. Na prática, configura-se uma tabela de quem pode ver, quem pode incluir documentos, quem pode aprovar fluxos, quem pode excluir (geralmente quase ninguém, talvez somente um administrador de alto nível após vários critérios, dado implicações legais). Essa matriz garante o princípio do acesso mínimo: cada um vê só o que precisa para seu trabalho, protegendo a privacidade e confidencialidade.

Trilha de Auditoria 

Paralelamente, toda ação dentro do prontuário digital deve gerar um registro. Soluções profissionais de GED e prontuário eletrônico oferecem uma trilha de auditoria completa, registrando:

  • quem visualizou ou abriu determinado documento (usuário X visualizou o arquivo “Contrato_Colaborador.pdf” em 10/10/2025 15:30);

  • quem fez upload de um novo documento ou alterou meta-dados (usuário Y anexou “Atestado_Medico.pdf” no perfil do colaborador Z em 02/11/2025 09:10);

  • quem editou ou assinou digitalmente (usuário gestor X aprovou digitalmente o “Termo de Promoção” do colaborador W em 05/12/2025);

  • quem exportou ou baixou um documento (se a plataforma permitir download, é interessante logar isso também);

  • tentativas de acesso negadas (usuário sem permissão tentou abrir algo e o sistema bloqueou, registrando hora e usuário).

Esses logs de auditoria trazem rastreabilidade e segurança jurídica. Em caso de qualquer suspeita (um documento sumiu, ou apareceu algo alterado), consegue-se verificar todo o histórico, geralmente, sistemas assim não permitem deleção permanente sem deixar rastro, portanto se alguém excluiu um arquivo, fica registrado quem foi e quando, e normalmente o arquivo pode ser recuperado de backups.

Do ponto de vista de compliance, a trilha de auditoria é uma evidência de que a empresa controla o acesso a dados pessoais, conforme exige a LGPD. Em uma eventual fiscalização da ANPD ou em resposta a um requerimento de um titular (o próprio colaborador pedindo relatórios dos acessos aos seus dados, o que é um direito dele), o RH conseguiria fornecer um log mostrando quem acessou seu prontuário e em que ocasiões, demonstrando transparência e accountability.

As auditorias internas também ficam mais fáceis: se a empresa tem um programa de compliance ou auditoria anual, os auditores podem avaliar a efetividade do controle de documentos consultando logs em vez de folhear papéis procurando carimbos e assinaturas.

Dica: Revise periodicamente a matriz de permissões. Funcionários mudam de cargo, gente de RH sai e entra, e esses acessos precisam ser atualizados. Uma boa prática é integrar a gestão de permissões do prontuário ao AD (Active Directory) ou sistema de gestão de identidade da empresa, assim, quando alguém da área X sai, automaticamente seu usuário perde acesso ao sistema todo, e quando alguém assume posição de gestor, é incluído no grupo com acesso às fichas dos subordinados. Algumas plataformas permitem sincronizar essas permissões com diretórios de usuários, facilitando a administração no dia a dia.

Em resumo, permissões granulares + auditoria contínua formam o alicerce de confiança do prontuário digital. Os colaboradores podem ficar tranquilos que seus dados estão acessíveis somente a quem deve, e a empresa se protege contra usos indevidos ou vazamentos internos, tendo meios de identificar qualquer atividade fora do padrão. Esse nível de controle seria impraticável em arquivos físicos, mas no digital é uma realidade, e um grande diferencial de uma solução bem implantada.

Mini-case: o RH digital na prática 

Para ilustrar como um prontuário digital do colaborador pode transformar a rotina de um RH, vamos a um cenário fictício baseado em situações reais:

Empresa Alfa é uma indústria de médio porte com 500 funcionários, espalhados em duas plantas (fábricas) e um escritório administrativo. O RH da Alfa sofria com armários lotados de pastas, dificuldade para encontrar documentos em auditorias e processos admissionais lentos, candidatos precisavam levar cópias de documentos pessoalmente, e o preenchimento de formulários era todo em papel, com riscos de erro de digitação no cadastro. Além disso, a empresa estava preocupada em adequar-se à LGPD, pois soube que dados de colaboradores também são abrangidos pela lei.

Desafio

A diretora de RH, Mariana, decidiu implementar o prontuário digital. A meta era organizar digitalmente os dossiês de funcionários com segurança e compliance, integrando tudo ao sistema de folha que já utilizavam e melhorando a eficiência do time.

Implementação

Mariana buscou soluções no mercado e optou pela plataforma de prontuário digital da eBox (que oferecia módulo de admissão digital e GED integrado). Com apoio da TI, eles digitalizaram todos os prontuários ativos, os estagiários do RH ajudaram a escanear documentos antigos, sob orientação para garantir qualidade e validação legal nas digitalizações. Configuraram o sistema definindo que:

  • Gestores poderiam acessar somente avaliações de desempenho e documentos de férias/afastamentos de seus subordinados.

  • Holerites seriam inseridos mensalmente pelo DP e ficariam disponíveis aos próprios colaboradores via portal, dispensando impressão.

  • Documentos médicos teriam acesso restrito à enfermeira do trabalho e ao coordenador de RH responsável pela área.

Foi feita uma integração com a folha de pagamento da Alfa (um sistema Totvs RM): assim, quando o DP cadastrasse um novo funcionário na folha, criava-se automaticamente o usuário dele no prontuário digital, e vice-versa, evitando redundância. Na admissão, passaram a usar a Admissão Digital: o candidato aprovado recebia por e-mail um link para enviar seus documentos e assinar os contratos online. Todo esse processo agora levava 2 dias em média, contra 7 dias anteriormente, já que não havia mais vai-e-volta de papéis e deslocamentos.

Resultado prático: Três meses após a implantação, o RH da Alfa colheu frutos notáveis. Em uma auditoria interna, a equipe conseguiu apresentar 100% dos documentos solicitados em menos de 10 minutos, navegando pelo sistema e extraindo relatórios completos do prontuário de alguns funcionários sorteados. O auditor elogiou a organização e a facilidade de rastrear as assinaturas e alterações nos documentos, graças à trilha de auditoria do sistema, “demonstra um bom controle interno”, disse ele.

Mariana notou também uma mudança de postura na equipe de RH. Atividades manuais repetitivas caíram: por exemplo, antes um analista gastava horas mensais imprimindo holerites e distribuindo; agora, isso foi automatizado digitalmente. Esse analista pôde dedicar tempo a um projeto de melhoria de clima organizacional, algo que estava sempre sendo adiado. Os gestores operacionais, que antes reclamavam da demora para receber cópias de documentos (como ficha de registro de um subordinado), agora acessavam pelo portal RH as informações que precisavam com rapidez, claro, dentro dos limites de acesso configurados.

Do ponto de vista de LGPD, a Alfa se sente mais tranquila: possuem registros claros de consentimentos dos funcionários (todos assinaram digitalmente um termo de ciência de uso de dados na admissão), controles de acesso definidos e um plano de retenção. Quando completarem 5 anos do desligamento de alguns ex-empregados, o sistema vai sinalizar quais prontuários podem ser movidos para arquivo morto ou deletados, ajudando a empresa a não reter dados além do necessário.

Conclusão do case

A Empresa Alfa conseguiu padronizar a gestão documental de RH. A diretora Mariana reportou à direção da empresa que, após o investimento inicial, estimava-se uma economia de R$ 50 mil por ano em insumos e horas de trabalho otimizadas, além de mitigar riscos trabalhistas. O case fictício da Alfa reflete o que muitas empresas brasileiras estão vivenciando: a adoção do prontuário digital do colaborador como parte da transformação digital do RH, colhendo ganhos de eficiência, compliance forte e uma postura sustentável (RH paperless). Se a sua organização ainda não deu esse passo, fica a inspiração: os resultados tendem a ser positivos e a melhoria, perceptível tanto para o RH quanto para todos os colaboradores atendidos por ele.

Perguntas frequentes sobre prontuário digital do colaborador

O que é o prontuário do colaborador e para que ele serve?

O prontuário do colaborador, também chamado de prontuário funcional ou dossiê do funcionário, é o conjunto de documentos e registros que contam toda a história do empregado dentro da empresa. Ele serve para documentar a relação trabalhista e dar suporte a decisões de RH. Nele estão documentos como contrato de trabalho, cópias de RG/CPF, exames médicos, avaliações de desempenho, comprovantes de pagamentos, entre outros. Em resumo, o prontuário serve para comprovar vínculos e fatos ocorridos durante o contrato (promoções, treinamentos, ocorrências) e garantir que a empresa cumpra obrigações legais trabalhistas. Também é uma fonte de consulta para o RH sobre informações do funcionário. No formato digital, esse prontuário cumpre o mesmo papel, porém com muito mais agilidade, segurança e facilidade de acesso.

Quais documentos devem constar no prontuário do funcionário?

Devem constar todos os documentos relevantes à admissão, vida funcional e desligamento do empregado. Isso inclui: documentos pessoais (RG, CPF, CTPS), documentos admissionais (ficha de registro, contrato e acordo de experiência, exames médicos admissionais), documentos contratuais (aditivos salariais, acordos de compensação, opção ou não pelo VT, etc.), registros de jornada (se houver controle de ponto, anexar espelhos de ponto ou banco de horas conforme necessidade), avaliações de desempenho e feedbacks, comprovantes de entrega de EPI e outros de saúde e segurança, atestados médicos e laudos, notificações como advertências ou suspensões, comprovantes de pagamento (holerites) e documentos de desligamento (aviso prévio, TRCT, exame demissional, termo de quitação de rescisão). A CLT não fornece uma lista exaustiva, mas o Ministério do Trabalho espera encontrar no prontuário tudo que comprove que a empresa cumpriu suas obrigações trabalhistas com aquele funcionário (registro, pagamentos, segurança, etc.). Nosso tópico acima detalha as principais categorias e exemplos.

Como fazer a digitalização do prontuário físico com validade jurídica?

Para digitalizar o prontuário de forma válida juridicamente, é preciso seguir os padrões técnicos do Decreto 10.278/2020 (que regula a digitalização de documentos públicos e privados). Em resumo, você deve:

  1. Utilizar equipamentos que garantam boa resolução e fidelidade (geralmente 200 DPI ou mais, em cores se o original colorido for importante, ou preto e branco adequadamente).

  2. Salvar em formato confiável (PDF/A, por exemplo, que é um formato padrão para arquivamento).

  3. Incluir metadados que identifiquem o documento digital e relacionem com o original (como código de indexação, hash criptográfico).

  4. Utilizar certificação digital ICP-Brasil se quiser equiparar ao original em termos de confiança. Muitas empresas aplicam um certificado digital do tipo A3 nos documentos digitalizados, conferindo a eles uma assinatura eletrônica que atesta origem e integridade.

  5. Manter um controle de qualidade: depois de escanear, conferira se todas as páginas ficaram legíveis, se não faltou nada. Os originais em papel, após digitalizados dentro dessas normas, podem ser descartados (exceto alguns documentos específicos que a lei exige manter físico, mas em relação a prontuário de funcionário, a maioria pode ser descartada).
    Em geral, contar com uma empresa especializada em digitalização certificada, como a própria eBox, é o caminho mais simples. Eles têm scanners de produção e sistemas que já aplicam essas conformidades automaticamente. Assim, o prontuário digital resultante terá validade legal, isto é, os PDFs poderão ser aceitos como prova em fiscalizações ou processos, exatamente como os papéis originais.

Por quanto tempo a empresa precisa guardar documentos do colaborador?

Depende do documento. A regra geral para documentos trabalhistas, seguindo a prescrição do Art. 7º, XXIX da CF e outras normas, é 5 anos após a ocorrência (ou 2 anos após o desligamento, que é o prazo para o colaborador mover ação trabalhista). Contudo, há exceções importantes:

  • Documentos de FGTS (Guia de Recolhimento, etc.): 30 anos (o STF mudou recentemente o prazo de prescrição do FGTS para 5 anos, mas ainda é recomendável guardar históricos mais longos, pois há casos antigos em discussão).

  • Documentos de saúde e segurança (PPRA, PCMSO, ASO, CAT): recomenda-se 20 anos ou mais, pois doenças ocupacionais podem ser reclamadas muitos anos depois.

  • Documentos previdenciários (como comprovantes de contribuições do INSS): pelo menos 5 anos, mas alguns orientam guardar por prazo indeterminado, já que o empregado pode precisar comprovar vínculo para aposentadoria décadas depois.

  • Contratos de trabalho e fichas de registro: guardar por prazo indeterminado, mesmo após saída, por serem documentos-base.
    Em suma, no mínimo 5 anos para a maioria dos documentos após o desligamento. Na dúvida, muitas empresas fazem isso: guardam tudo de um ex-colaborador por 5 anos; passado esse período, descartam documentos mais corriqueiros (ex: recibos de salário), mas mantêm indefinidamente o básico (contrato, registro, termos de rescisão). Com a digitalização, guardar não é mais um grande problema de espaço, então é preferível pecar pelo excesso do que jogar fora algo que depois fará falta. Lembrando que a LGPD permite essa retenção se houver obrigação legal ou interesse legítimo em se resguardar para possíveis reclamações futuras, não caracterizando infração reter dados por prazo maior quando for para cumprir leis trabalhistas ou previdenciárias.

O prontuário digital do colaborador é seguro?

Sim, desde que você utilize uma plataforma confiável e boas práticas, o prontuário digital pode ser ainda mais seguro que o físico. Em papel, documentos podem ser acessados sem controle (alguém pega uma pasta do armário escondido), podem sumir ou ser danificados sem rastros. No digital:

  • Há controle de acesso por login e senha (e níveis de permissão configuráveis).

  • A maioria das soluções adota criptografia dos dados, ou seja, mesmo que alguém tentasse um acesso indevido ao servidor, os arquivos estariam cifrados e ilegíveis.

  • Mantém-se backup automático em nuvem ou servidores redundantes, evitando perda por desastres.

  • As ações ficam registradas (log de auditoria), então qualquer movimento suspeito pode ser identificado .

  • É possível aplicar autenticação de dois fatores e políticas de senha forte para evitar invasões de contas.
    Em termos de conformidade, plataformas sérias seguem padrões de segurança da informação (como ISO 27001) e da indústria (cripto forte, data centers certificados). Portanto, é seguro, possivelmente mais seguro do que o armário trancado na sala do RH. Claro, é importante treinar pessoas e ter políticas internas (segurança da informação não depende só da tecnologia). Mas com esses cuidados, o prontuário digital é plenamente confiável para armazenar informações sensíveis. Prova disso é que órgãos governamentais e empresas de todos os portes já utilizam prontuários eletrônicos (seja de funcionários, seja prontuários médicos em hospitais) como rotina, respaldados por lei e jurisprudência.

Prontuário digital do colaborador: um salto em tecnologia, gestão e sustentabilidade ao RH

O prontuário digital do colaborador deixa de ser apenas uma tendência para se tornar uma peça estratégica na gestão de Recursos Humanos. Como vimos, ele organiza toda a documentação do funcionário de forma centralizada e acessível, eleva a produtividade do RH, reduz custos e riscos, e garante compliance com leis trabalhistas e de proteção de dados. Em um mercado cada vez mais dinâmico, empresas que adotam essa digitalização ganham agilidade e conseguem se focar no que realmente importa, as pessoas e os resultados, em vez de se perder em papelada e burocracia.

Se sua empresa busca padronização documental, eficiência operacional e conformidade com normas (como a LGPD), não há momento melhor para investir no prontuário digital. Seja para melhorar o processo de admissão, integrar informações com folha e outros sistemas, ou simplesmente dormir tranquilo sabendo que todos os arquivos estão seguros e rastreáveis, a digitalização do dossiê do colaborador é o caminho.

Quer dar o próximo passo rumo a um RH sem papel e mais inteligente? Conheça as soluções da eBox Digital em gestão de documentos e workflows de RH, incluindo Admissão Digital e Sistema GED completo para sua empresa. A eBox é especialista em transformação digital de RH, ajudando diversas organizações a implantarem prontuários eletrônicos de colaboradores com sucesso e rapidez. Entre em contato conosco para uma consultoria personalizada ou agende uma demonstração prática. Organize seu RH, ganhe tempo e segurança, seus colaboradores e o seu departamento vão agradecer!


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